O Ministério Público do Trabalho em Palmas, Tocantins, abriu uma ação civil pública contra o Banco Itaú após denúncias de assédio moral coletivo. O MP pede multa de R$ 20 milhões à empresa por dano moral coletivo. Um dos casos que levou o Ministério a conduzir a investigação foi o de uma funcionária que foi forçada a trabalhar mesmo após sofrer um aborto espontâneo dentro da agência.
Em setembro de 2010, a empregada sofreu aborto durante o expediente e foi impedida de deixar o trabalho até que a tesouraria fosse fechada. Ela trabalhou ensanguentada e teve de guardar o feto numa sacola plástica até ser liberada, três horas após o ocorrido. Depois de ir ao médico e ter direito a 30 dias de afastamento, ela só pôde tirar quatro dias de descanso.
Com as denúncias feitas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Estado do Tocantins (Sintec-TO), o MP apurou que os funcionários do banco sofrem com sobrecarga de trabalho sem pagamento de hora extra, o que teria provocado estresse aos funcionários, sendo que a pressão ocasionou problemas físicos e psicológicos. A primeira audiência do caso está prevista para 18 de junho.
Em nota, o Itaú afirmou que vai dialogar sobre as oportunidades de melhoria na localidade e que cumpre com as leis trabalhistas, mas tem consciência de que desvios de conduta podem ocorrer. A postura do Banco, segundo o comunicado, é de busca de solução do problema.
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