O promotor de Saúde Pública do Ministério Público Estadual, Arthur Pinto Filho, disse que pretende ouvir mais um funcionário da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, além dos membros da direção da entidade, sobre as denúncias de superfaturamento na entidade, que enfrenta uma crise financeira cujos débitos ultrapassam R$ 700 milhões.
Segundo o promotor, a testemunha e os dirigentes da instituição devem ser ouvidos após o dia 8 de janeiro, quando o judiciário retorna do período de recesso de final de ano. Na quarta-feira (10), uma funcionária do hospital prestou depoimento e detalhou os indícios de superfaturamento.
No dia seguinte ao depoimento, o relato da funcionária foi confirmado pelo relatório da auditoria externa apresentada pela Secretaria estadual de Saúde, disse o promotor. Além da irregularidade na compra dos medicamentos, a auditoria constatou superfaturamento de reformas. A auditoria externa constatou que a crise financeira na instituição era maior do que foi anunciado em setembro.
A primeira auditoria, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, Ministério da Saúde, Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo e Conselho Estadual de Saúde havia apontado uma dívida de R$ 433,5 milhões. A auditoria externa, porém, revelou que o montante devido pela Santa Casa é superior a R$ 773 milhões.
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