O Movimento Passe Livre (MPL) divulgou nesta quinta-feira (21) o trajeto da quinta manifestação contra o aumento das tarifas do transporte público na capital paulista. Em passeata de cerca de sete quilômetros, o protesto prevê passar pela Secretaria Estadual de Transportes, prefeitura, Câmara Municipal e será encerrado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, próximo ao Parque Ibirapuera, zona sul da cidade.
A concentração está marcada para as 17h no Terminal Parque Dom Pedro II, no centro da cidade. “Sairemos do maior terminal da América Latina, símbolo de nossa humilhação diária, para dar o recado de quem deve mandar no transporte: nós, usuárias e usuários. Vamos cobrar quem decide pelo nosso sofrimento”, informou comunicado do MPL.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) divulgou nota afirmando que o trajeto, anunciado menos de duas horas antes do início do protesto, não poderá ser realizado. “A manifestação do MPL não será possível, porque há um protesto no Viaduto do Chá, na Câmara Municipal e Av. 23 de Maio dos motoristas de vans escolares”, acrescentou o documento.
A secretaria apresentou outro possível trajeto para a manifestação, consideravelmente mais curto, em que a passeata se encerraria na Praça da República, no centro. “A alteração se faz necessária, uma vez que a Constituição Federal não autoriza que manifestação posterior frustre outra reunião anteriormente convocada para os mesmos locais.”
O local de concentração anunciado pelo MPL também foi alvo de críticas da SSP em outro comunicado, divulgado ontem (20). A secretaria destacou que não permitiria a obstrução da saída de ônibus. Segundo o órgão, a interrupção do tráfego no terminal configura crime tipificado pelo artigo 262 do Código Penal, que penaliza com um a dois anos de prisão que expuser a perigo outro meio de transporte público, impedir-lhe ou dificultar-lhe o funcionamento.
Na terça-feira (19), foram realizados quatro atos simultâneos contra o reajuste das passagens de ônibus, trens e metrôs, de R$ 3,50 para R$ 3,80. Duas foram convocadas pelo MPL e duas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto.
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