Participantes sem alarde do movimento de alunos que ocuparam as salas de aula em São Paulo no final do ano passado, os membros do MPL (Movimento Passe Livre) passaram a se valer de uma tática iniciada pelos estudantes: a realização de atos-relâmpago sem prévia autorização e em locais surpresas.
No final do ano passado, os alunos das escolas em todo o Estado pressionaram o governador Geraldo Alckmin (PSDB) com manifestações conhecidas como “travamentos”: poucos se juntam para fechar ruas e avenidas, atrapalhando o transporte para chamar a atenção para sua causa.
É isso que vem fazendo o MPL desde a manifestação tradicional da semana passada, quando a polícia acabou com o ato violentamente. Desde segunda-feira (11) pela manhã, a tática é posta em prática: atos sem prévio aviso travam terminais e avenidas do centro expandido como tática para barrar o aumento da passagem do transporte público, que passou de R$ 3,50 para R$ 3,80.
Na segunda, dois protestos bloquearam o terminal Pinheiros (zona oeste) e o Bandeira (centro). Depois de atravessar as avenidas Rebouças e Faria Lima, bloquearam a avenida Nove de Julho, na entrada do terminal no centro.
A informação de que a tática é a mesma dos estudantes secundaristas foi dada por Luíze Tavares (19), uma das porta-vozes do MPL. “A ideia é espalhar pela cidade e, a partir daí, as pessoas começarem a organizar a coisa”, afirmou ao jornal Folha de S.Paulo.
Segunda manifestação
Apesar da última manifestação contra o aumento ter sofrido violenta repressão policial, um segundo ato está marcado para as 17h de hoje, na Praça do Ciclista. Agendado pelo Facebook, estão confirmadas para participar do evento 6,6 mil pessoas.
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