O Brasil e o mundo

Após o belo almoço oferecido a todos os presentes no Hotel Tivoli Mofarrej, o seminário “Rumos da Economia Brasileira” retornou com a mesa “O Brasil no cenário internacional”. Quem abriu o debate foi Luiz Gonzaga Belluzzo, diretor da Facamp e professor aposentado da Unicamp. Com um discurso afinado como o que se viu na parte da manhã do evento, Belluzzo afirmou estarmos presenciando um momento crucial para o futuro da economia nacional e mundial.”Estamos enfrentando uma mudança do eixo manufatureiro global”, disse. Na nova realidade, ele ainda revelou que as exportações brasileiras estão crescendo. O diretor da Facamp também citou o mercado asiático e os desastres naturais extremos que não se manifestam aqui com a mesma frequência e intensidade. Apesar de todas as vantagens, ele fez questão de afirmar que nossa recente guinada se deve muito mais por conta das reformas realizadas em nossa economia nos últimos 20 anos. Antes de terminar seus 15 minutos de discurso, Belluzzo analisou, temeroso, um assunto importantíssimo para o futuro nacional: “O Pré-Sal, pode ser nossa salvação ou nossa maldição”, afirmou, sobre as novas descobertas de petróleo em solo brasileiro nos últimos anos.Em seguida, Ernesto Lozardo, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo, discursou, amparado por uma técnica e detalhada apresentação de power point, na qual ele provou por pontos onde e porque Estados Unidos e Europa se complicaram na crise econômica. Quando passou ao Brasil, o professor afirmou que estamos no caminho certo, principalmente pela melhor distribuição de renda que acabou tirando milhões de brasileiros da linha da miséria nos últimos anos, mas lembrou que estamos em uma trajetória turbulenta e perigosa. “Sem políticas integradas que visem ao fortalecimento industrial e à competitividade internacional, inevitavelmente, nosso PIB voltará a cair”, disse ele. Lozardo terminou enfatizando a importância de reformas que facilitem e agilizem nosso processo de inserção global, fato que transformará nossa economia e tornará nosso povo mais produtivo, competitivo e bem educado. (Veja a apresentação de Ernesto Lozardo aqui).[nggallery id=13992]Para terminar, Joesley Batista, presidente do Conselho de Administração da JBS, mostrou, na prática, o sucesso do Brasil no exterior. Até o início do ano, Batista era o presidente da empresa e, sob sua liderança, ela se firmou e alcançou o posto de maior frigorífico mundial. O empresário contou um pouco sobre sua experiência e vivência durante o crescimento da JBS, o que ele viu e ouviu sobre o Brasil, além também de fazer suas projeções para o futuro. Logo no começo, ele já deu o que considera a receita para o sucesso de um país e, consequentemente, de seus cidadãos: “A combinação de capitalismo com democracia é muito poderosa”. Na opinião dele, o que empaca o crescimento ainda maior é a falta de investimento em educação e infraestrutura. Mas, apesar disso, para ele o Brasil já é uma potência mundial.”Os caminhos para o Brasil chegar à sonhada 5ª economia do mundo” é o assunto que fechará o bem construtivo seminário “Rumos da Economia Brasileira”. Na mesa, Rogerio Amato, presidente da ACSP e da Facesp, Rômulo de Mello Dias, presidente da Cielo, Haroldo Torres, diretor da Plano CDE, e Samuel Pessoa, professor da FGV Rio.O site da Brasileiros acompanha tudo o que acontece no seminário pelo Twitter. Confira!Para saber mais sobre os Seminários Brasileiros – como se faz um país, acesse www.seminariosbrasileiros.com.br.A cobertura completa do primeiro seminário estará na edição de maio da Brasileiros. Não perca!

Crescimento sustentado


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