O Ministério Público do Estado de São Paulo deflagrou na quinta-feira (10) uma operação que identificou 12 suspeitos de cometerem atos de racismo em mensagens contra a jornalista da TV Globo, Maria Júlia Coutinho, ocorridas em julho nas redes sociais, especialmente Facebook.
Ao todo, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão em oito Estados. A operação passou por São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, Pernambuco, Amazonas, Santa Catarina e Ceará.
Foram apreendidos computadores e aparelhos celulares e identificados 12 suspeitos, entre eles três adolescentes. Em depoimento, alguns dos suspeitos confessaram a autoria das mensagens e apontaram outros envolvidos. A Promotoria apurou que todos os administradores dos grupos de internet nos quais as mensagens foram postadas são maiores.
A investigação tenta provar se houve a prática dos crimes de racismo, injúria qualificada, organização cibernética e, eventualmente, corrupção de menores. “As pessoas acham que estão navegando em um oceano de impunidade quando estão na internet, mas essa operação demonstra que todos podem ser alcançados pela lei, mesmo quando utilizam perfis falsos”, afirmou o Promotor de Justiça Christano Jorge Santos, que conduz as investigações, ainda não encerradas.
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