Ninguém fala dela na imprensa tradicional, mas a Operação Zelotes, da Polícia Federal, é um dos maiores escândalos da República. Desde o dia 26 de março, os investigadores desmantelam uma organização criminosa que já desviou R$ 19 bilhões manipulando o resultado de processos e julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, o Carf, em favor de empresas do setor automobilístico.
A imprensa agora deve começar a cobrir o escândalo. É que a nova etapa da operação incluiu um mandado de busca e apreensão no escritório de Luiz Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A LFT Marketing Esportivo teria recebido pagamento de Mauro Marcondes, um dos lobistas investigados por atuar de forma suspeita na edição da Medida Provisória 471, que no governo Lula prorrogou incentivos fiscais ao setor de carros.
As investigações no órgão ligado ao Ministério da Fazenda chegaram à conclusão que fiscais no Carf intercediam em favor de agentes privados com o objetivo de livrar empresas em débito com a Administração Tributária.
Uma nova etapa foi deflagrada nesta segunda-feira (26) em três em três Estados e no Distrito Federal. Desta vez, os policiais cumprem 33 mandados judiciais, seis prisões preventivas além de busca e apreensões em São Paulo, Piauí, Maranhão e DF.
Os crimes investigados pela PF incluem tráfico de influência, corrupção passiva, corrupção ativa, associação criminosa, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Segundo comunicado da PF, “as provas indicam provável ocorrência de tráfico de influência, extorsão e até mesmo corrupção de agentes públicos”, responsáveis por elaborar e depois aprovar uma legislação benéfica às empresas desse cartel.
*Com Agência Brasil
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