Os bastidores da prisão de Mantega no hospital

 

Foto: EBC
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As circunstâncias truculentas da prisão do ex-ministro Guido Mantega, na manhã de hoje, provocaram indignação.

Ele foi detido no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, enquanto acompanhava a esposa, Eliane Berger, que se submetia a uma biópsia, procedimento que faz parte do tratamento de um câncer. O delegado Igor Romário de Paula, em entrevista coletiva, disse que os policiais foram à casa de Mantega e de lá seguiram para o hospital. A caminho, telefonaram para o ex-ministro, que encontrou os policiais em uma rua lateral.

A versão oficial da Polícia Federal omitiu que Mantega era o único acompanhante da esposa e que ele disse isso aos policias. Testemunhas que estavam no hospital no momento da prisão dizem que Mantega recebeu um primeiro telefonema avisando que a polícia federal estivera em sua casa, no bairro de Pinheiros, e que se dirigia ao hospital. Ele estava ao lado da esposa, Eliane, na ante-sala do centro cirúrgico. No momento em que sua esposa estava recebendo a sedação para ser operada, viu o marido atender mais um telefonema. Quando soube que era a polícia, perguntou ao marido: “Mas você não pode dizer que está comigo agora?” Ele respondeu que já havia dito isso aos policiais. Eliane entrou no centro cirúrgico e só depois do procedimento soube que o marido havia sido preso.

Por volta do meio dia, a Polícia Federal declarou que desconhecia o estado de saúde da esposa de Mantega, fato que já havia sido noticiado pela imprensa quando o ex-ministro foi agredido verbalmente por pessoas na lanchonete do mesmo hospital, onde ela trata o câncer, em fevereiro de 2015. 


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