Foi com tapas, chutes e armas em punho que um grupo de policiais à paisana desocupou o Colégio Ismael de Jesus da Silva, em Goiânia (GO), na segunda-feira (25), denunciam alunos. Seria apenas a primeira de uma série de arbitrariedades que a polícia local vem cometendo desde que alunos da rede estadual decidiram ocupar escolas contra a sugestão do governador Marconi Perillo (PSDB) de entregar as classes para que Organizações Sociais (OSs) administrem as unidades.
No Colégio Ismael de Jesus da Silva, os estudantes dizem que foram acordados às 6h por policiais não identificados. Na madrugada do dia seguinte, foi a vez de homens encapuzados empunhando pedaços de pau obrigarem a saída de estudantes do Colégio Robinho Marins de Azevedo. Neste caso, os secundaristas afirmam se tratar dos próprios pais de alunos, informa o jornal Folha de S.Paulo.
Eles seriam incentivados pela polícia e pela Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce) a entrar nas escolas e retirar os estudantes à força, o que eles negam. Na terça-feira (26), no entanto, um estudante foi arrastado pelo pescoço pelo pai. Ele e outros estudantes ocuparam a Seduce na noite de terça (26). Um grupo de 30 permanecesse no local.
Os estudantes pedem a suspensão de um edital que seleciona entidades sem fins lucrativos pagos pelo Estado para administrar os colégios. Pelo menos 23 escolas da região de Anápolis devem sofrer mudanças.
O governo de Goiás nega irregularidades nas ações.
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