Paralisação de funcionários da UFRJ já fecha cinco cursos

UFRJ suspende atividades por falta de pagamentos de funcionários terceirizados de limpeza, vigilância e manutenção. Na foto: entrada trancada no campus Praia Vermelha - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
UFRJ suspende atividades por falta de pagamentos de funcionários terceirizados de limpeza, vigilância e manutenção. Na foto: entrada trancada no campus Praia Vermelha – Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Cinco cursos das faculdades de Comunicação Social, Ciências Sociais e Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) estão fechados pela falta de pagamento de funcionários. A paralisação já prejudica a vida de 4,8 mil alunos e dura três dias. Nesta quinta-feira (15), o jornal carioca O Globo registrou que algumas aulas foram realizadas simbolicamente na rua em frente à universidade, no Largo São Francisco. Oficialmente, a Escola de Comunicação, a Faculdade Nacional de Direito, a Escola de Educação Infantil e o Colégio de Aplicação estão fechados.

A reitoria da universidade afirma que não autorizou a suspensão das aulas e que enfrenta dificuldades desde o começo do ano, quando o Ministério da Educação reduziu os repasses de verbas. Na terça-feira, o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou que a gestão atual terá menos recursos e pediu a colaboração das universidades. “Esta será a primeira gestão com menos recursos, e eu exorto os docentes a enfrentá-la estabelecendo prioridades e planejamento, aumentando os benefícios advindos dos meios já investidos”, disse. ““Esse caminho, por mais duro que seja, nós vamos trilhar”, completou.

Nesta quinta, vídeos da sujeira nos banheiros e dependências do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) e do Instituto de História (IH) vazaram na internet. A paralisação envolve principalmente funcionários da limpeza e da segurança. Os alunos aderiram ao protesto e apoiam os empregados. “O motivo desta paralisação é o mesmo da primeira (do início do ano), mostra que a conjuntura está muito difícil e que a primeira pessoa de quem eles tiram dinheiro realmente é dos trabalhadores. Não ter aula é um reflexo dessa terceirização que não dá certo, de uma reitoria que deixou em segundo plano o direito dos trabalhadores”, disse Francisco Kerche, aluno de Ciências Sociais, ao jornal O Globo.

O DCE (centro acadêmico) da universidade informou que vai organizar um ato no Conselho Universitário da UFRJ (Consuni) para reivindicar mais recursos para assistência estudantil e abordar o problema de pagamento dos terceirizados, que fez com que várias unidades da universidade fechassem as portas. Na sexta-feira, a diretoria do IFCS fará uma nova assembleia para discutir o assunto.


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