Segundo informações da Folha de S. Paulo, o primeiro político a fazer um acordo de delação premiada com o Ministério Público no processo que investiga irregularidades na Petrobras deve ser o ex-presidente do PP e ex-deputado federal, Pedro Corrêa. A hipótese foi levantada pois o advogado de Corrêa, Michel Saliba, anunciou nesta segunda-feira (31) que vai deixar a defesa do político.
A defesa do ex-deputado deve ficar sob a responsabilidade do advogado Adriano Bretas, juntamente a Alexandre Loper, que já atuava no caso. A saída de Saliba do caso pode estar diretamente relacionada a uma vontade de Pedro Corrêa de assinar um acordo de delação, já que o advogado descartou abertamente trabalhar com este tipo de acordo pois tem outros seis clientes investigados na Lava Jato pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-presidente do PP disse a pessoas próximas que existe a possibilidade dele oferecer, aos procuradores da Lava Jato, informações sobre as indicações políticas para cargos públicos e sobre a distribuição de propina dos esquemas da Petrobras aos congressistas. Na última quarta-feira (26), Corrêa prestou depoimento à Justiça Federal em um dos processos da Lava Jato e disse que seus familiares não estão envolvidos com as investigações.
De acordo com o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, delatores no processo, o ex-deputado federal recebia pagamentos mensais do esquema de corrupção e era um dos líderes do PP com autonomia para decidir como seriam distribuídos os recursos destinados ao partido. Só na campanha de 2010, Corrêa teria recebido R$ 5,3 milhões.
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