Na noite de terça-feira, dia 13, a série Liberdade Liberdade, da Rede Globo, deu um passo importante no combate à homofobia. Os atores Caio Blat e Ricardo Pereira protagonizaram a primeira cena de sexo entre homens na história da televisão brasileira.
Na novela, André (Caio Blat) e Tolentino (Ricardo Pereira) têm perfis completamente opostos. Enquanto o fidalgo é um jovem culto, o coronel é bruto, grosseiro e extremamente machista.
O assunto chamou muita atenção e a hashtag #LiberdadeLiberdade chegou a figurar entre os trending topics do Twitter no mundo inteiro. Em entrevista ao site G1, Caio Blat ressaltou a importância de abordar o assunto em rede nacional para que as pessoas passem a aceitar as diferenças. “O mais importante é que a sociedade mude, que as pessoas se respeitem. É pra isso que nós trabalhamos.”
Por meio de sua rede social, o deputado federal do PSOL, Jean Wyllys, parabenizou a Globo. “Parabéns, Rede Globo e equipe de #LiberdadeLiberdade por refletirem a diversidade da vida e as conquistas culturais e políticas de LGBTs!”
Comentários questionando o comportamento da “família tradicional brasileira” tomaram conta das redes sociais. “Um tapa na cara da sociedade tradicional”, ou “Rede Globo na cara dos conservadores tradicionais evangélicos homofóbicos” foram alguns.
Uma semana antes de a cena ir ao ar, grupos religiosos começaram a protestar nas redes sociais pedindo o boicote da TV com a seguinte mensagem: “Dia 12, o demônio agirá, por meio desta emissora, que transmitirá cenas de sexo gay numa de suas novelas! Você, católico, não pode servir a dois senhores”, diz a imagem divulgada por uma página no Facebook voltada ao público católico.
O ator Matheus Solano, que protagonizou o primeiro beijo gay da televisão brasileira em uma novela da própria Globo se manifestou contra o protesto da igreja. “Amor x Igreja… Até quando?”, escreveu em sua rede social.
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