A Polícia Federal anunciou nesta quinta-feira, 21/07, a prisão de 10 pessoas acusadas de promover o Estado Islâmico e prepararem atos terroristas no Brasil, incluindo um menor de idade. Outro dois suspeitos estão sendo rastreadas pelas autoridades.
Espalhados por 10 estados, os 12 mandados de prisão temporária foram expedidos como parte da operação Hashtag, iniciada em abril e que monitorou as conversas dos suspeitos por meio de conversas nos aplicativos Telegram e WhatsApp. Segundo a PF, os suspeitos faziam parte de um grupo virtual denominado Defensores da Sharia.
“De simples comentários sobre o Estado Islâmico, eles passaram para atos preparatórios. A partir do momento em que passaram para atos preparatórios, foi feita prontamente a atuação do Governo Federal realizando simultaneamente as 10 prisões desses supostos terroristas, que se comunicavam pela internet”, informou o ministro da Justiça, Alexandre de Moares. “Eles só começaram atos preparatórios, não seria de bom senso aguardar para ver. O melhor seria decretar a prisão”, afirmou.
No entanto, ao ser questionado por jornalistas sobre como a PF conseguiu monitorar os grupos de conversas no WhatsApp, que possui criptografia de ponta a ponta, Moraes se negou a falar sobre o assunto.
“Qualquer mecanismo de investigação não deve ser falado numa entrevista coletiva para avisar um suposto terrorista sobre como se investiga. Esta pergunta [sobre como foi possível monitorar o WhatsApp] atrapalha não só esta como outras investigações. […] Há a necessidade de uma regulamentação geral para que a Justiça consiga informações online, interceptações e dados do WhatsApp, porque isso facilitaria. Só que as investigações têm outros meios também”, disse.
Para quem não lembra, o WhatsApp foi bloqueado nesta semana no país justamente por um pedido de uma juíza que exigia a quebra da criptografia do serviço para acompanhar a troca de mensagens em tempo real.
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