A Corregedoria da Polícia Militar investiga policiais do 2° Batalhão da zona leste de São Paulo por suspeita de formação de quadrilha. De acordo com uma matéria publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo, 11 PMs foram indiciados por revender drogas apreendidas com traficantes, forjar flagrante em troca de propina, cobrar mensalidades de casas de bingo e até matar.
Os investigadores descobriram que os policiais agiam como informantes do Deic (Departamento de Investigações Criminais) para cobrar propina, diz o Gecep (Grupo Externo de Controle da Atividade Policial). Um falso policial apurava nomes e endereços dos criminosos e traficantes para que os PMs exigissem dinheiro. Além disso, o grupo tentou forjar flagrante contra jovens, chantageava casas de bingo e negociava compra de grandes quantias de cocaína para revenda.
Escutas revelam que um criminoso que se negou a “colaborar” com o grupo de policiais pode ter sido assassinado. A apuração concluiu que o informante era um falso policial e o grupo passou a extorqui-lo. Em depoimento, o “informante” disse que pagou 35 mil ao grupo para não ser denunciado.
O inquérito da corregedoria mostra que os crimes foram descobertos ao longo de nove meses, por meio de escutas autorizadas pela Justiça. Os acusados negam os crimes. Na semana passada a Justiça liberou três policias para responderem em liberdade, já os outros continuam presos.
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