A Polícia Federal indiciou o diretor-presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e mais nove pessoas – incluindo mais dois diretores do banco – na Operação Zelotes pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de influência.
Os procuradores da República vão analisar se a documentação recebida é suficiente ou se novas diligências deverão ser feitas. Se, de fato, as evidências forem suficientes, os indiciados poderão ser denunciados à Justiça Federal.
A Zelotes investiga um suposto esquema de venda de sentenças do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado ao Ministério da Fazenda, para beneficiar empresas que foram multadas pela Receita Federal e a negociação de medidas provisórias em favor de empresas do setor automobilístico.
Em nota, o Bradesco nega que seus diretores tenham prestado serviços para o grupo investigado na Zelotes e que Luiz Carlos Trabuco não participou de nenhuma reunião com o grupo. “O Bradesco informa que não houve contratação dos serviços oferecido pelo grupo investigado. […] O Bradesco esclarece ainda que o presidente da instituição, Luiz Carlos Trabuco Cappi, não participou de qualquer reunião com o grupo citado”.
O banco lembrou que perdeu o processo que tinha no Carf, reiterando a ausência de qualquer acordo irregularidade para se beneficiar. “Cabe informar que o processo junto ao Carf, objeto da investigação, foi julgado em desfavor do Bradesco por unanimidade – 6 x 0, e encontra- se, agora, submetido ao Poder Judiciário. A companhia informa que jamais prometeu, ofereceu ou deu vantagem indevida a quaisquer pessoas, inclusive a funcionários públicos, para encaminhamento de assuntos fiscais ou de qualquer outra natureza”.
*Com Agência Brasil
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