Policial da Rota é preso acusado de participar de chacina

Foto: Reprodução/ Twitter
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De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, o policial militar das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Fabrício Emmanuel Eleutério, foi preso administrativamente sob suspeita de ter participado da chacina que deixou 18 pessoas mortas nas cidades de Barueri e Osasco, na noite do último dia 13. 

Eleutério já havia sido preso em 2013 acusado de participação em um grupo de extermínio, e atualmente responde a cinco processos no Estado. Antes de ser detido ele atuava na área administrativa da Rota, e era obrigado a cumprir medidas institucionais, como não se ausentar da cidade de Osasco sem prévia autorização da Justiça e não frequentar bares e boates. 

O policial foi apontado por um sobrevivente da chacina, que testemunhou perante agentes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e reconheceu uma fotografia do soldado. Ele foi identificado como um dos envolvidos nos disparos que feriram duas pessoas na Rua Suzano, em Osasco. A Justiça Militar também expediu mandato de busca e apreensão na residência de outros 17 policiais militares e um civil. 

O Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, porém, negou que qualquer policial tenha sido preso, em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (24). Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, outro policial militar deve ser preso nas próximas horas acusado de participar da chacina. O governo do Estado espera que este policial confirme os nomes de outros que já estão sendo investigados. 

Uma reportagem do Jornal do SBT mostrou também que, entre os 18 policiais militares investigados pela Corregedoria da instituição, existe um grupo que faz parte da Rocam (Rondas Ostensivas Com Apoio de Motocicletas), e que supostamente teriam sido liberados momentos antes da chacina e sem nenhum motivo aparente.

A investigação da Corregedoria já conversou com mais de 50 policiais, dentre membros da Força Tática, da 1ª e da 2ª Companhia do 42º Batalhão, além de testemunhas da chacina. Em depoimento, uma das testemunhas que presenciou o assassinato de Rafael Nunes de Oliveira, em Osasco, de  disse ter notado uma viatura da Polícia Militar acompanhando o veículo da cor prata que transportava os criminosos. A Corregedoria também levantou que homens da tropa de elite da divisão de Osasco da corporação foram dispensados do serviço às 23h, mesmo com o relato das diversas mortes no local. 

Outra testemunha teria visto policiais militares voltando à cena do crime para recolher as cápsulas da munição utilizada. DOs 54 policiais ouvidos, 32 estavam trabalhando na região na noite da chacina. 


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