O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse neste domigo (15) que a economia brasileira inspira “otimismo”. Segundo ele, para que as finanças brasileiras voltem a crescer, é preciso fazer o dever de casa, ou seja, aprovar o ajuste fiscal. Levy deu entrevista a jornalistas no fim do primeiro dia de reunião da Cúpula do G20, grupo que engloba as 20 maiores economias do mundo, e que está realizando um encontro em Antália, na Turquia.
Muito pressionado por uma parte da base petista, o ministro disse que permanece no cargo “até segunda ordem”, e acrescentou: “Tenho respaldo da presidenta Dilma. Se estou aqui [na Turquia], não vim a passeio”.
Segundo Levy, “não há nada de errado” com a economia brasileira. Conforme disse o ministro, o otimismo se justifica pela baixa “alavancagem” (endividamento) das empresas e das famílias brasileiras. Ele disse que o governo tem “um pouquinho de alavancagem”, o que significa que teve de assumir dívida no mercado financeiro para cobrir suas obrigações. No entanto, conforme observou, esforços vêm sendo feitos pelo governo para diminuir o endividamento público.
Levy comparou a situação brasileira com alguns países desenvolvidos que tentam crescer, mas não conseguem, em razão do endividamento das famílias, das empresas e do governo. “Que fazem os países desenvolvidos? Por que existem países que estão há oito sem conseguir crescer? Por que tem grande alavancagem. As famílias têm grande dívidas. Tudo segura. O Brasil não tem”, disse.
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