Professores e estudantes protestam em toda a Itália

Professores e alunos prostestam contra reforma na Itália - Foto: Reprodução/.corriere.it
Professores e alunos prostestam contra reforma na Itália – Foto: Reprodução/.corriere.it

Estudantes, professores e funcionários de escolas italianas saíram às ruas de todo o país nesta terça-feira (5) para protestar contra a reforma do setor proposta pelo primeiro-ministro Matteo Renzi. Foram registradas manifestações em mais de sete cidades, como Aosta, Bari, Catania, Palermo e Cagliari, mas, principalmente, em Roma e Milão. Os organizadores afirmam que há 100 mil pessoas protestando na capital do país. Cerca de 80% das instituições de ensino também estão fechadas em toda a Itália.

Os protestos começaram na madrugada, com um flash mob diante do Ministério da Educação, em Roma. “Queremos uma escola boa de verdade”, diziam cartazes. Alguns membros do governista Partido Democrático (PD) que são contrários à reforma, como Stefano Fassina, também compareceram às manifestações, o que gerou repúdio dos organizadores.

O movimento conta com o apoio das centrais sindicais FLC-CGIL, CIS, UIL Scuola, Snails e Gilda. Um dos coordenadores da manifestação nacional, Danilo Lampis acusa Renzi de não querer dialogar para ouvir as demandas dos estudantes. O projeto de lei 2994, sobre a reforma educacional, está em análise no Parlamento italiano.  A Câmara dos Deputados deve votar o texto até o dia 19 de maio, antes do Senado.

A reforma proposta por Renzi é composta de 12 pontos, que preveem a contratação de 150 mil professores até setembro, mas apenas através de concurso público; a criação de uma equipe de professores substitutos; plano de formação constante para os docentes; cadastro online de escolas e funcionários; abolição de práticas burocráticas; investimento para instalação de banda larga e wi-fi em todas as escolas; inserção de disciplinas como Esporte e Música na grade; ensino de língua estrangeira para crianças acima de seis anos e obrigatoriedade de estágio técnico nos últimos três anos de vida escolar.

Os manifestantes afirmam que as mudanças poderão levar a uma privatização das instituições de ensino e diminuir o poder dos professores e coordenadores, que passariam a ser gerenciados por um dirigente-executivo.


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