Professores em greve e policiais militares entraram em confronto nesta tarde em Curitiba. A confusão começou por volta das 15h, no Centro Cívico, em frente à Assembleia Legislativa, quando os deputados estaduais começaram a sessão para votar um projeto de lei (PL) que altera a previdência estadual.
Os professores, que estão acampados desde segunda-feira (27) no local, teriam tentado romper perímetro de segurança que a Polícia Militar (PM) traçou em torno da Assembleia Legislativa. A PM reagiu com bombas de gás, balas de borracha e jatos de àgua. Os manifestantes recuaram, mas os policiais continuam jogando bombas de efeito moral.
No caminhão de som, dirigentes do Sindicato dos Professores do Paraná relataram que servidores sofreram danos físicos. O sindicato estava transmitindo o protesto na internet pelo caminhão de som, mas o veículo foi rebocado pela polícia.
O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, informou pelo Twitter que o local “parecia uma praça de guerra!” e que a prefeitura foi evacuada para atendimento de primeiros socorros no Tribunal de Justiça. A prefeitura de Curitiba informou que mais de 100 pessoas foram atendidas na primeira meia hora de confronto e que “muitas vítimas continuam chegando”.
Dentre os feridos, 35 pessoas que precisavam de atendimento médico foram encaminhadas a hospitais, principalmente o Hospital Cajuru. Os servidores da prefeitura de Curitiba foram liberados em razão do tumulto. Seis escolas que ficam na região suspenderam as aulas.
A sessão foi interrompida por cerca de dez minutos e retomada mesmo com o barulho de bombas e gritos do lado de fora.
O projeto de lei em votação na Assembleia Legislativa foi encaminhado pelo Executivo para alterar a previdência estadual. O governo paranaense quer tirar 33 mil aposentados com mais de 73 anos do Fundo Financeiro, sustentado pelo Tesouro estadual e que está deficitário, e transferi-los para o Fundo de Previdência estadual, pago pelos servidores e pelo governo, que está superavitário.
O Governo do Estado do Paraná emitiu nota responsabilizando o “radicalismo e a irracionalidade de pessoas mascaradas e armadas com pedras, bombas de artifício, paus e barras de ferro, utilizados contra os policiais”. Uma versão inicial da nota, republicada em sites como o Paraná-Online, chegou a lamentar o número de quatro manifestantes feridos. O trecho foi alterado posteriormente.
Nota Oficial do Governo do Paraná O Governo do Paraná lamenta profundamente os atos de confronto, agressão e…
Posted by Governo do Estado do Paraná on Wednesday, April 29, 2015
O ex-presidente Lula se manifestou em defesa dos professores, por sua página de Facebook:
“Solidarizo-me com os professores do Paraná, que foram agredidos de forma violenta pela Polícia Militar do estado. Temos visto a atuação da polícia na garantia da segurança de manifestações que têm acontecido no país, mas esse direito deve ser garantido a todos. É inadmissível que o direito de manifestação seja restringido a qualquer pessoa, principalmente àqueles que trabalham pela educação de nossos jovens e o futuro do país.”
Veja o vídeo do APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná e do usurário do Facebook Márcio Fernandes:
Posted by APP-Sindicato on Quarta, 29 de abril de 2015
Vergonha!!!!
Posted by Márcio Fernandes on Quarta, 29 de abril de 2015
Deixe um comentário