Após uma paralisação de 44 dias, que envolveu ações violentíssimas da Polícia Militar do Paraná, além de protestos massivos dos professores contra o governo de Beto Richa (PSDB-PR), os professores estaduais do Paraná encerraram nesta terça feira (9) a greve na categoria. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Esta foi uma das maiores paralisações da história dos docentes no Estado e gerou um visível desgaste de Richa, reeleito no primeiro turno nas eleições passadas e que hoje vive uma grande crise política e financeira.
O ponto mais crítico da greve ocorreu no final de abril, quando uma ação brutal da polícia, com cães, balas de borracha e bombas de efeito moral, deixou mais de 200 feridos. Naquele momento, os grevistas protestavam contra as medidas de contenção de gastos aplicadas por Beto Richa que mudou as regras da previdência dos servidores.
Os professores se mostraram divididos com relação à greve na assembleia realizada nesta terça, em um estádio de futebol de Coritiba, que reuniu 10 mil pessoas. Enquanto parte dos docentes gritava na palavras de ordem como “Não tem arrego” e “A greve continua”, outro bloco se mostrava receoso e defendia que era preciso “mudar de trincheira” e que o desgaste por continuar a greve seria muito grande.
Na véspera da assembleia, 24 dos 29 núcleos sindicais e manifestaram favor da suspensão da greve. A APP – Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná informou que iria acolher a decisão da maioria, mas o comando de greve se posicionou pela encerramento da paralisação. O governo do Paraná aceitou não descontar as faltas dos grevistas e nem punir diretores que tenham participado do movimento.
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