De acordo com informações do Estado de S. Paulo, o Ministério Público de Minas Gerais abriu um procedimento de investigação para apurar as informações de que o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, atualmente senador, utilizou aviões oficiais para fazer 124 viagens ao Rio de Janeiro durante o período em que governo o Estado, entre 2003 e 2010. Juridicamente, a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Belo Horizonte abriu na última quinta-feira uma “notícia de fato” para investigar o político mineiro.
O que foi aberto é apenas um primeiro passo na apuração dos fatos, que podem resultar ou não em um inquérito civil. Todo o procedimento foi instaurado em função de uma reportagem da Folha de S. Paulo que divulgou um relatório listando as viagens de Aécio Neves. Os registros foram enviados para a Assembleia Legislativa de Minas no início de setembro, a pedido do deputado Gustavo Valadares (PSDB).
O parlamentar tucano, que é aliado de Aécio Neves, solicitou dados de viagens do atual governador, Fernando Pimentel (PT). Contudo, o deputado João Alberto (PMDB), conseguiu que o requerimento atingisse não só Pimentel, mas todos os governadores de Minas Gerais desde 2003. A Comissão de Constituição e Justiça aprovou o pedido e emitiu o relatório, que mostrou, além das viagens de Neves e Pimentel, que o governador Antonio Anastasia (PSDB) fez 29 viagens para o Rio de janeiro em aeronaves oficiais entre 2010 e 2014.
Quem cuida da distribuição do processo de apuração é a promotora Elizabeth Cristina dos Reis Villela, e o procedimento aparece como ‘sigiloso’ no site do Ministério Público de Minas Gerais. Vale ressaltar regulado e assinado pelo próprio político tucano que o uso de aviões oficiais durante o governo de Aécio Neves era respaldado por um decreto.
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