O grupo de rap paulistano Racionais MC’s publicou nesta terça-feira (7) uma nota de esclarecimento sobre a detenção de Mano Brown. Segundo a assessoria de imprensa, Brown teria parado o carro, abaixado o vidro, descido do veículo e pedido para não o tocarem, porém, um dos policiais o imobilizou e o levou ao chão.
A nota é enfatizada pelo advogado do rapper, Raphael Ornaghe, que reforça o depoimento do secretário de Direitos Humanos da cidade de São Paulo, Eduardo Suplicy, de que Brown não teria agido com violência durante a abordagem, como afirmaram os policiais militares que estavam na ação.
Detenção
Mano Brown foi detido no fim da tarde desta quinta (6), em Campo Limpo, na zona sul de São Paulo. O cantor foi abordado após passar por uma blitz da Polícia Militar, que divulgou que o cantor, ao avistar os PMS, freou o carro e tentou dar ré para desviar do caminho. O veículo, registrado em nome de sua mãe, está com o IPVA vencido e o próprio rapper dirigia-o com a habilitação vencida. Ele foi levado ao distrito policial por desacato e desobediência. Segundo o secretário de Direitos Humanos de São Paulo, Eduardo Suplicy (PT), Brown foi agredido.
Segue a nota de esclarecimento da Assessoria de Imprensa do grupo:
O rapper Mano Brown foi detido por policiais militares, na tarde desta segunda-feira (06.abr.2015), no bairro do Campo Limpo, sob suspeita de desacato. Em seguida, o rapper foi levado para o 37º DP (Campo Limpo), onde prestou depoimento. Após assinar um TC (Termo Circunstanciado), ele foi liberado pela autoridade da Polícia Civil.
De acordo com o Raphael Ornaghe, advogado do rapper, ao contrário do que afirmaram os policiais militares responsáveis por sua detenção, Mano Brown não agiu com violência durante a abordagem policial.
Pelo Facebook, o secretário de Direitos Humanos da cidade de São Paulo, Eduardo Suplicy, se manifestou na manhã desta terça-feira (07.abr.2015) sobre a detenção do líder do Racionais MC’s.
Segundo Suplicy, Brown foi abordado quando ia à farmácia comprar remédio para sua mãe, que esteve hospitalizada.
“No caminho, ele foi parado por batalhão de PMs. Abriu os vidros, desceu do carro. Mandaram ele elevar os braços por trás da cabeça. Brown pediu para não tocarem nele. Um forte policial deu-lhe um ‘mata leão’ e o derrubou no chão. Diversos passaram a ofendê-lo. Algemaram-no e o levaram ao 37º DP, no Campo Limpo”, relatou o secretário, que foi até a delegacia para dar apoio ao músico.
“Maior respeito e civilidade, especialmente aos negros, se faz necessário. O fato de o exame de saúde da carteira de habilitação estar vencido [caso de Brown] não justificava aquele procedimento”, escreveu Suplicy.
Agradecemos a todas as manifestações de apoio recebidas de fãs e amigos de Mano Brown. Também renovamos o compromisso com nosso público e com todo o movimento do Rap, que não pode parar!
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