Rio+20: Subdesenvolvidos dizem que “falta vontade” a países ricos

Ao realizar os primeiros pronunciamentos da plenária da Rio+20 nesta quarta-feira, dia 20, os representantes de estado das nações subdesenvolvidas apontaram suas criticas aos países ricos, que, em sua visão, não se empenharam o suficiente para colocar em prática as medidas que visam melhorar o desenvolvimento sustentável.

“Não deixem que essa conferência entre para a história como mais uma que prometeu muito e pouco fez. Vamos nos engajar e garantir ações urgentes”, declarou o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, como informa o portal Terra.

Mugabe também criticou a pressão dos países desenvolvidos em relação aos temas da economia verde, que não ficaram bem definidos no texto final da cúpula. “Nós observamos que houve enfraquecimento da abordagem multilateral. Uma das razões para isso é a falta de vontade das nações desenvolvidas em criar meios de implementação, em financiar um novo modelo econômico”, competou.

Presidente da República das Maldivas, pequeno país situado no Oceano Índico, Mohammed Waheed também falou sobre a falta de comprometido dos países desenvolvidos. “Nas Maldivas temos 194 ilhas habitadas, sendo que 113 delas sofrem com a erosão. Nossa população alerta para isso, alerta também para a redução dos peixes, e o que fazemos? Queremos resultados concretos, as crianças do meu País esperam por isso”, clamou o chefe de estado.

Representante do Sri Lanka, Mahinda Rajapakse também falou sobre a responsabilidade das nações desenvolvidas em relação aos efeitos de emissão de gases do efeito estuda. “Vocês não devem deixar a responsabilidade para salvar o planeta apenas para os subdesenvolvidos”, disse.

As discussões entre os representantes dos países participantes começou às 10h40 de hoje, e foi iniciada pelo secretário-geral da Organição das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, e por Dilma Rousseff, presidente do Brasil. As discussões sobre desenvolvimento sustentável continuarão até a próxima sexta-feira, dia 22, onde será debatido a aprovação do documento.

Nomeado “O Futuro que Queremos”, o texto cita recomendações e instruções diversas para conciliar desenvolvimento sustentável, proteção ambiental e crescimento econômico e social.


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