Um sargento da Polícia Militar de São Paulo foi preso na noite dessa terça-feira (20), acusado de torturar um suspeito de roubo. Ao ser levado para a 103º DP, em Itaquera, o homem detido pelo sargento alegou ter levado choques no pescoço, costelas e pênis. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, laudos do Instituto Médico Legal confirmam os choques, além de outras diversas lesões. O delegado Raphael Zanon então prendeu tanto o suspeito de roubo quanto o policial militar.
Em sequência, um grupo de policiais militares e familiares foram até a delegacia para protestar contra a prisão do sargento. De acordo com a Folha, os policiais se mobilizaram pelas redes sociais para sair em defesa do sargento. Deputados ligados às polícias civil e militar também compareceram à delegacia. O deputado estadual Delegado Olim (PP) teria defendido a prisão do sargento suspeito de tortura. “Estou aqui com os laudos, levaram ele para uma quebrada, bateram e deram choque no pênis. Ele não se machucou sozinho carregando a bicicleta”, disse Olim ao jornal. O deputado também teria dito que o delegado Zanon e sua família estão sendo ameaçados por militares. O delegado voltou para casa escoltado.
Já Coronel Telhada (PSDB) teria apoiado o sargento. Para ele, foi ouvida apenas a versão do suspeito por roubo. Segundo o jornal, o deputado teria dito que o policial às vezes é obrigado a jogar o suspeito no chão, o que poderia provocar ferimentos.
Ainda de acordo com a Folha, o jovem preso e torturado é suspeito de ter roubado $60 de um comércio na região, com uma arma de brinquedo.
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