Secretário de Segurança de Alckmin quer importar armas de grosso calibre para a PM

909027-bope_oculos_mare_1
Segundo o secretário, as armas garantiriam a segurança da população. Foto: EBC

O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), Mágino Alves Barbosa Filho, disse que está negociando com o Exército para que possa fazer licitação internacional para compra de armamentos – atualmente as polícias do país só podem comprar da indústria nacional – e também para ter acesso a “calibres mais potentes”. Para ele, esses dois itens estão entre as soluções que garantiriam a segurança da população e aumentariam a sensação de segurança. A declaração foi feita durante um evento na Associação Comercial de São Paulo.

Segundo Mágino, a polícia de São Paulo tem o melhor armamento que é autorizada a comprar, mas, para ele, isso não é suficiente: “Nós vamos ter até uma reunião essa semana com o Comando de Logística do Exército para tratar da venda de outros tipos de calibre e outros tipos de armamento, para que possamos fazer uma licitação internacional para aquisição de armamentos”, disse. “Quanto ao calibre, o calibre também é o que é autorizado. Isso nós também estamos negociando com o Exército para que tenhamos acesso a calibres mais potentes”.

O secretário disse que sua gestão à frente da SSP-SP será de continuidade do que estava sendo feito pelo ex-secretário Alexandre de Moraes, que hoje é Ministro da Justiça. Mágino era secretário-adjunto na gestão anterior e disse que os serviços eram feitos “a quatro mãos”, referindo-se ao trabalho conjunto que tinha com Moraes.

Bases comunitárias

Mágino disse ainda que o modelo de base comunitária não é a melhor forma de policiamento. “Um pedido recorrente da sociedade civil é a instalação de uma base comunitária da Polícia Militar em tal região. Isso vai dos Jardins a Sapopemba, é um pedido que é uniforme, em todos os setores da sociedade. Esse pedido hoje dificilmente vai ser atendido”, disse o secretário.

Segundo o secretário, é muito mais ágil ter um policiamento de duas horas, com motos, do que um policiamento estático. Mágino afirma que os policiais que permanecem em uma base comunitária ficam “presos”, enquanto poderiam estar em um atendimento de ocorrência na região. Ele diz que a sensação de segurança para a sociedade é gerada pela presença da polícia na rua.

Letalidade policial

Nos últimos meses, dois casos de assassinato tiveram destaque na imprensa. No dia 2 de junho, Ítalo, uma criança de 10 anos, e um amigo da mesma idade furtaram um carro na garagem de um condomínio no bairro do Morumbi. Os policiais perceberam o furto e saíram em perseguição ao veículo, um Daihatsu Terios. Ítalo foi baleado pelos PMs e morreu no carro.

Em 27 de junho, o estudante Julio César Alves Espinoza foi baleado por policiais durante uma perseguição. Ele morreu no hospital na manhã seguinte. Questionado pela reportagem da Agência Brasil sobre a insegurança transmitida pela própria corporação após casos como esses, o secretário respondeu que “eu não posso aceitar a afirmação de que a polícia mata”.

“A polícia de São Paulo enfrenta situações de confronto com criminosos, responde da forma menos letal possível e isso vem sendo demonstrado com a redução do número de eventos letais no estado de São Paulo pelo menos nos dois últimos anos”, disse Mágino. Apesar da diminuição nos índices de letalidade policial, ele diz que “o número de confrontos é que aumentou absurdamente nesse período”.


Comentários

2 respostas para “Secretário de Segurança de Alckmin quer importar armas de grosso calibre para a PM”

  1. .

    MARCOLA X PSDB
    .
    Você se lembra e eu me lembro
    Quando o senhor Claudio Lembo
    Assumiu o Governo de São Paulo
    Porque Geraldo Alckmin
    Deixou o cargo para assim
    Concorrer ao Planalto.
    .
    Era o ano de 2006
    E na sangrenta tela da TV
    Víamos cenários de guerra
    Mostrando criminosos soltos
    Incendiando viaturas e ônibus
    Agindo como raivosas feras.
    .
    Adultos e menores marginais
    Matavam os policiais
    Que tentavam conter os ataques
    Que tiveram como saldo
    Um número muito alto
    De anônimos cadáveres.
    .
    Muitas foram as explicações
    Para esclarecer as agressões
    Do PCC contra a sociedade
    Falaram que a transferência de presos
    Teria sido o pavio do enredo
    De tamanhas atrocidades.
    .
    Mas chegou-se à conclusão
    De que o líder da facção
    Vingou-se do Estado
    Porque policiais corruptos
    Usando os seus atributos
    Sequestraram o seu enteado.
    .
    Para contornar a difícil situação
    Houve uma importante reunião
    Entre os dois chefes do poder
    E atrás das grossas e frias grades
    Da cadeia de Presidente Bernardes
    Reuniram-se Marcola e o PSDB.
    .
    Depois de um amplo acordo
    Marcola decretou que todos
    Os bandidos deveriam ceder
    E o Governo em reverência
    Curvando-se abaixou a cabeça
    E pediu a bênção ao PCC.
    .
    Eduardo De Paula Barreto

  2. Os investimentos do Governo de SP em equipamentos, tecnologia e treinamento conseguiu diminuir os índices de violência e criminalidade. Isso mostra que a política de segurança pública do governo Alckmin está correta. SP é hoje o Estado com menor índice de homicídios do país. O Governo de SP tem feito sua parte. Basta, agora, o governo Federal colaborar com o combate ao tráfico internacional de drogas e armas, e o Congresso Nacional aprovar mais leis que ajudam a diminuir a criminalidade.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.