O risco de falta d’água por longos períodos na capital paulista é alto, dizem 72% dos moradores da cidade, conforme a pesquisa Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município (Irbem). O levantamento foi divulgado nesta sexta-feira (19) pela Rede Nossa São Paulo.
Entretanto, o percentual dos que consideravam que havia grandes chances de colapso hídrico na capital caiu 10 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior. Realizado no final de 2014, o levantamento mostrava que 82% das pessoas ouvidas tinham essa percepção.
Para elaboração do estudo atual, foram entrevistadas 1,5 mil pessoas entre 30 de novembro e 18 de dezembro do ano passado. Os resultados mostram ainda que 20% dos paulistanos consideram que existe um pequeno risco de que a população seja obrigada a viver sem água por longos períodos. Apenas 7% não acreditam nessa possibilidade. No levantamento anterior, 3% dos moradores desconsideravam a possibilidade de colapso no abastecimento.
Desde o dia 18 de dezembro, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) amenizou o racionamento d’água na região metropolitana. Segundo a estatal, as casas paulistanas recebiam menos água durante, em média, 15 horas diárias no período de crise. A duração do racionamento caiu para oito horas diárias, em média. A redução da pressão atualmente ocorre, na maioria dos bairros, à noite.
De acordo com a companhia, os reservatórios fecharam o ano passado em melhores condições do que em 2014. Entre o ano passado e o anterior, houve acréscimo de 402,13 bilhões de litros de água, um aumento de 133%.
Na comparação com a pesquisa Irbem anterior, houve aumento de 61% para 67% entre os que atribuem o problema da crise hídrica à Sabesp.
Para 45% da população, a falta d’água foi provocada pela ausência de planejamento do governo estadual. Na pesquisa anterior, o índice era 42%.
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