Após a ocupação da Assembleia Legislativa de São Paulo por alunos secundaristas, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) – e suspeito de envolvimento no merendão –, o deputado Fernando Capez entrou com pedido de reintegração de posse do prédio, isolou o local e proibiu a entrada de comida em decisões tomadas na tarde desta quarta-feria (4).
Com o prédio isolado, Capez concedeu ponto facultativo para os funcionários da Alesp. Com o isolamento do prédio, todos os estudantes que saírem não entrarão mais. A estratégia é chamada por Capez de “saturação”, que incluiu a proibição da entrada de comida no prédio. Os estudantes podem apenas beber água e usar os banheiros.
Os estudantes mantêm a ocupação do plenário e exigem dos deputados a instauração de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar a fraude na merenda escolar no Estado. Eles prometem permanecer no local até que a CPI seja instaurada. O presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes), Emerson Santos, afirma a ocupação teve “uma pauta muito clara”, que é a abertura imediata da CPI para investigar a máfia da merenda. “Desde o início do ano a gente vem denunciando o roubo da merenda e, até agora, a Alesp não abriu a CPI por falta de quórum, por uma indisposição dos deputados em assinar a abertura da CPI.”
O presidente da assembleia reafirmou que está conversando com os deputados sobre a CPI e estabelecendo estratégias para colher as assinaturas necessárias para instaurar a comissão.
Um dos acusados de envolvimento na fraude, Capez informou que, em 27 de janeiro, solicitou ao Ministério Público as investigações sobre fraude da merenda. Em seguida, entregou seu sigilo bancário à Justiça e se colocou à disposição para prestar esclarecimentos. “A investigação está andando lentamente. O interessado na investigação sou.”
*Com Agência Brasil
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