Taxistas que agridem motoristas do Uber podem perder alvará, ameaça Haddad

Taxista protestam contra Uber os "clandestinos" - Foto: Paulo Pinto/ Fotos Públicas
Taxista protestam contra Uber os “clandestinos” – Foto: Paulo Pinto/ Fotos Públicas

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou na quarta-feira (3) que taxistas que insistem em agredir motoristas da Uber podem terminar seu o alvará, a autorização que lhes permite transitar pela cidade.

“Existe punição prevista de cassação de alvará”, disse o prefeito ao condicionar a punição à comprovação das violações. A guerra entre os motoristas já era notícia desde 2015, mas ganhou contornos ainda mais preocupantes na semana passada, quando taxistas depredaram carros da Uber que estacionavam em um hotel nos Jardins (zona oeste) durante uma festa.

Ao todo, 11 motoristas do Uber pararam na delegacia, onde prestaram queixas. “Temos de aproveitar esse momento para chegar a um entendimento”, afirmou Haddad, que lembrou que a agressividade não representa toda a categoria de taxistas, conta reportagem do jornal Folha de S.Paulo.

Ainda esta semana, ganhou o noticiário a estratégia de taxistas discutida em mensagens de WhatsApp. Nela, eles recomendam uma tática de “guerrilha” de modo que os taxistas não sejam identificados pelas agressões.

Para o prefeito, a única solução é regulamentar o aplicativo. Em dezembro, uma consulta pública recebeu 6.000 sugestões. “Melhor regular para proteger um serviço que hoje está sofrendo concorrência predatória, o que também não é muito justo”, disse. “A melhor maneira de modernizar a cidade é estabelecer uma regulação apropriada.”


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