O Copom elevou a taxa básica de juros na quarta-feira (4) em 0,5 ponto percentual, para 12,75% ao ano. Com esse movimento, manteve o ritmo de alta das últimas reuniões. Especialistas dizem que essa elevação não é suficiente para conter as pressões inflacionárias.
Além disso, nesta quinta (5), os juros futuros – negociados em contratos na BovespaBM&F -estão estáveis. Ou seja, a decisão pouco serviu. Explicando melhor: se o comitê do Banco Central tivesse dado um tranco mais significativo nos juros, por mais contraditório que soe, os juros futuros estariam em queda.
Isso porque o mercado teria entendido que o aperto monetário acabou. E, naturalmente, raciocinaria: se o Copom tomou essa decisão, significa que no futuro deve retomar a trajetória de queda da Selic.
Os juros futuros “embicariam para baixo”, como dizem os operadores. E são eles que balizam principalmente as taxas dos financiamentos.
Trocando em miúdos: o 0,5 ponto nem resolve o problema das pressões inflacionárias, advinda de alimentos, combustíveis e dólar, nem recompõe a confiança de que o BC está no caminho certo.
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