Quando eu li num jornal, há duas semanas, que uma modelo brasileira fora presa na China, sob a acusação de trabalhar ilegalmente na China, pois entrou com visto de negócios naquele país, pensei que ela estava em situação relativamente tranquila, pois, apesar de presa, não era uma “criminosa”, não colocava em risco a sociedade, nem a vida de ninguém.
Vejo no noticiário de hoje fotos da moça, que se chama Amanda Griza no aeroporto, de volta ao Brasil, mal contendo o choro e contando horrores dos 17 dias que passou na cadeia e que chamou de “um filme de terror”: “Foram os piores dias da minha vida. Um dia chorei e gritei como uma louca, e então me levaram para uma sala e ameaçaram me queimar com cigarros”.
Isso não é coisa que se faça com nenhum ser humano, muito menos com uma garota de 19 anos de um país que é o maior parceiro comercial da China, que trabalhava de forma honesta e cujo “delito” era um problema na documentação trabalhista. O governo brasileiro deve pedir explicações ao governo chinês, isso não pode passar em branco.
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