Pois bem. Assim como dezenas de jornalistas eu recebo informes do Instituto Lula postados no facebook a respeito da agenda de um dos quatro caras mais queridos do Brasil (segundo Silvio Santos). Na semana passada, Lula esteve com Bill Clinton, o ex-presidente americano mais bem avaliado, em Nova York; anteontem, em Montevidéu, com Pepe Mujica, o presidente do Uruguai que surpreende o mundo. Entre um encontro e outro, foi a Minas apoiar a eleição de seu amigo Fernando Pimentel. Mas nada disso chega aos jornais que ignoram olimpicamente sua agenda. Só abrem espaço para dar alguma notícia negativa, reduzindo-o à condição de “ex-presidente”.
Ao brigarem com a notícia – e assim sonegarem informações aos brasileiros, – os principais jornais do país (e mais precisamente os do Rio e de São Paulo) não mostram o óbvio: que Lula é o principal político brasileiro (e não apenas um ex-presidente) e a caminho de se tornar a mais importante figura da América Latina, tendo ou não mandato de presidente do Brasil. Se os jornais de hoje fizessem jornalismo de verdade, como se fazia nos anos da ditadura brasileira, deveriam escalar um plantonista no Instituto Lula para ficar colado no cara. Ele é a notícia.
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