Concordo inteiramente com o brilhante advogado e professor da PUC há 40 anos, Celso Bandeira de Mello que defende, hoje (22), em entrevista ao IG o impeachment do presidente do STF e diz que “Joaquim Barbosa é um homem mau, com pouco sentimento humano”. Aliás, em entrevista a Brasileiros há exatamente um ano, quando o julgamento do mensalão estava no início, o não menos brilhante psicólogo Jacob Pinheiro Goldberg já identificava esses traços na persona dele, o chamava de “justiceiro eventual” e previa o seu futuro papel de algoz: “Eu creio que existam na persona de Joaquim Barbosa dois elementos num conflito selvagem: o menino negro que precisa e de certa maneira se transforma, por isso, no herói da sociedade brasileira e alguém que forma o self made man, uma espécie de cowboy do faroeste americano que não se conforma realmente com o crime. Muito bom. Mas qual é o risco que esse justiceiro eventual corre? De passar para a história como um algoz.”
Goldberg, que também é advogado disse na mesma entrevista que o direito brasileiro é um direito de oligarquia, o que explica algumas das penas que seriam aplicadas um ano depois, principalmente a Genoíno e a Dirceu: “Eu acredito que, por mais que o Joaquim Barbosa seja um jurista, e ele é um dos maiores juristas brasileiros, o direito brasileiro, não obstante mudanças nas constituições, desde a fundamentação no Direito Romano e nas suas posteriores modificações, é um direito extremamente conservador. Depois das ditaduras de Getúlio Vargas e depois dos militares é um direito que continua influenciado por substrato fascista e ditatorial. É um direito de oligarquia.”
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