“Você poderia levantar as viagens desses dois passaportes para mim?”. A pergunta foi feita, muito discretamente, a agentes da Polícia Federal de São Paulo, por um colega chamado Ortiz, em dezembro último. Os passaportes, emitidos em 2004, dos quais ele tem os números, pertencem ao ex- delegado e hoje deputado federal Protógenes Queiróz. Ortiz não pôde executar a tarefa sozinho por não possuir a senha que dá acesso ao arquivo. Alguns policiais recusaram, mas um deles aceitou. O levantamento já foi ou está sendo feito. Trata-se de uma investigação clandestina que atende a interesses particulares, totalmente à revelia da direção da PF. Sabe-se que Ortiz tem estreitas ligações com o presidente da Câmara Municipal do Guarujá – forte reduto eleitoral de Protógenes – e com ex-agentes afastados da PF depois da morte do ex-diretor e ex-senador Romeu Tuma, de cujo grupo faziam parte.
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