Diário da América Latina: Morre Eduardo Galeano, mas não a utopia

O escritor uruguaio Eduardo Galeano, autor do clássico “As veias abertas da América Latina” estava participando de uma palestra com estudantes da universidade de Cartagena das Ìndias, na Colômbia, que faziam perguntas ora a ele ora ao seu amigo, o diretor de cinema argentino Fernando Birri. 

Coube a Birri a pergunta mais difícil de todas: um estudante perguntou “para que serve a utopia?”. Galeano teve pena do amigo: agora ele está encrencado. E Birri respondeu lindamente: “A utopia está no horizonte.
Eu sei que nunca a alcançarei. Se eu avançar dez passos, ela se distanciará dez passos. Quanto mais eu a buscar, menos a encontrarei: ela se distancia à medida que eu me aproximo. E, ora, para que serve a utopia? A utopia serve para isso, para caminhar.”

Hoje, em Montevidéu, Eduardo Galeano deixou de caminhar. Mas a utopia, da qual se alimentou e que alimentou e alimentará seus leitores não morrerá jamais.


Comentários

Uma resposta para “Diário da América Latina: Morre Eduardo Galeano, mas não a utopia”

  1. Esta utopia é desnecessária, é um resquício de loucura marxista. Não acreditem nela, as sociedades que acreditaram foram sepultadas!

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