Não é preciso fazer pesquisa para concluir que a principal preocupação de quem mora em São Paulo, hoje, é a falta d’água. É o assunto que domina todas as classes sociais, sexos, idades, “ideologias”. Há os que criticam porque criticam o governador Alckmin de qualquer maneira, mas a maioria faz isso independentemente do partido em que vota.
E o mais acachapante é que o governo paulista, em vez de promover inúmeros seminários para discutir soluções para o problema, e mostrar que está finalmente enfrentando essa questão, continua com o mesmo discurso, ora o governador culpando “a maior seca dos últimos oitenta anos” e garantindo que não haverá racionamento, ora seus subalternos, mais realistas, avisando que dias piores virão. Alckmin não tem desculpa: governou pela primeira vez em 2003, quando esse problema já existia. E seu governo e os de seus sucessores foram incompetentes, pois não se empenharam na questão.
Não importa se o termo é racionamento ou não, o fato é que todo dia, por algumas horas, falta água nas torneiras de São Paulo, até mesmo nos bairros que na linguagem imobiliária são “nobres”. Quem tem caixa d’água não se aperta muito, por enquanto, mas quem não tem, ou mora em prédio onde as caixas d’água são insuficientes já está sofrendo muito. Daqui até 2018, não precisa ser vidente para saber, o tempo é insuficiente para a situação melhorar, nada do que for implementado agora surtirá efeito. Portanto, ou a situação vai ficar como está ou ficará pior. Os bajuladores que querem Alckmin candidato a presidente da República podem tirar seus cavalinhos da chuva.
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