Diário da política: Cunha vai segurar Dilma para não cair

E agora? Janot denuncia Eduardo Cunha e Collor por corrupção no STF  Leia aqui
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Os deputados Orlando Silva e Jair Bolsonaro quase saíram no tapa na sessão de ontem da Câmara dos Deputados, no momento em que o líder do DEM, Mendonça Filho tentava pressionar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha a se posicionar a respeito do rito de instalação do processo de impeachment exigindo que ele definisse um prazo para isso. Cunha, que leu mais Maquiavel do que os 513 deputados juntos fez ouvidos moucos, declarou que não vai definir prazo algum e jogou um enorme balde de água fria na turma do “fora Dilma”.  Não será necessário nem Orlando nem Bolssonaro partirem para o vale-tudo, desde que ficou muito claro, ontem, que Cunha não vai abrir processo de impeachment nem que todas as vacas tussam. Só faltou ele dizer: “Podem tirar seus cavalinhos da chuva”. É claro que, no varejo, ele poderá continuar discordando de algumas ou quase todas as iniciativas do governo, mas, no atacado, ou seja, no que tange ao mandato, ele vai segurá-lo com unhas e dentes, não por gostar do PT ou da Dilma, mas porque o seu mandato depende do mandato dela desde que ele entrou na lista de Janot. É fácil entender: se ele fizer qualquer gesto a favor do impeachment no minuto seguinte os petistas e seus aliados vão tratar de tirá-lo da cadeira, alegando a investigação da Lava Jato, e aí ele estará arriscado até a ser cassado, o que o deixará sem imunidade, e sujeito a ser convidado a visitar a força tarefa de Moro, em Curitiba. Enquanto ele matar no peito qualquer gesto pró-impeachment terá apoio total dos petistas para continuar no poder.  


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