Diário da política: e os bancos? Nada?

Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Ninguém está lucrando mais nessa recessão do que os bancos. Somente os quatro maiores, lucraram, somados, só no terceiro trimestre deste ano mais de 15 bilhões de reais. Quer dizer: em dois trimestres eles podem pagar todo o rombo do orçamento brasileiro! À vista! Não entendo por que o governo insiste em medidas que penalizam todos os brasileiros, pobres e ricos em vez de tirar apenas dos ricos, e os números provam que os bancos podem. Não que a CPMF de 0,20% seja o fim do mundo. Não é. Num ambiente racional não haveria espaço para tanto barulho em torno de vinte centavos em 100 reais. É menos que uma gorjeta. É menos que uma esmola. Mas todo o ambiente conspira contra o governo. E o governo toma porrada até de um presidente da Fiesp que não goza de prestígio nem entre seus pares, mas se arroga a defensor dos pobres e oprimidos. Trocar a CPMF por alguma taxação dos bancos seria não só necessária, mas também justa, pois os cofres dos bancos engordam graças aos juros  exorbitantes que todos os brasileiros pagam. Seria uma forma de devolverem parte dessa sangria a quem de direito. Não sei se a presença na Fazenda de um explícito representante dos bancos inibe esse tipo de pensamento, mas não deveria, pois na hora em que pisou no Planalto ele se tornou funcionário não do banco do qual veio, mas de todos os brasileiros.


Comments

3 respostas para “Diário da política: e os bancos? Nada?”

  1. O impeachment é inevitável, é um ato democrático.

  2. Avatar de Idalvo Toscano
    Idalvo Toscano

    Alex,
    De há muito me preocupa muito mais a “miraculosa” capacidade dos bancos criarem riquezas – moeda fictícia ou escritural – e ganharem (e desorganizarem a economia) com isto.
    Muito – Galbraith – afirmava que eles “criavam moeda a parti do nada”. Penso que ele fazem a partir da CONFIANÇA que a sociedade tem nas suas instituições e que a sociedade deveria participar da partilha destas riquezas, como se “acionista” fosse, o que de forma, de fato é.
    Isto implicaria no reconhecimento de uma outra espécie de propriedade que eu chamaria de “propriedade social comum”, já que surge de um valor que somente o homem e sociedade pode produzir: a confiança.
    (De certa forma assemelha-se aos bens culturais, patrimônios imateriais etc.)
    Prezaria tuas considerações,
    Grato e abraço,
    Idalvo

  3. NINGUÉM DEVE CONFIAR EM JORNALISTA MARXISTA! AGRADEÇO AO PRESIDENTE DA FIESP POR ESTAR DO LADO DA SOCIEDADE BRASILEIRA COMO UM TODO. DEIXOU CLARO QUE NÃO DEVEMOS PAGAR ESTA CONTA. A CULPA NÃO É DOS BANCOS, O ERRO É DA ESQUERDA, DA SUA GESTÃO ESTATIZANTE E CENTRALIZADORA.

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