O prefeito Fernando Haddad teve a melhor sacada da noite de abertura da 39ª. Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e só não foi mais aplaudido que Hector Babenco, o homenageado que estreava “Meu amigo hindu”.
A sacada diz respeito às declarações de Babenco de que esse seria seu último filme no Brasil. “Nós amamos você” disse Haddad. “Vamos fazer de tudo para você continuar filmando no Brasil”.
Babenco devolveu na mesma moeda: “Nesses 39 anos da Mostra passaram muitos prefeitos por São Paulo e eu gostaria de dizer que respeito Fernando Haddad”.
Não entendi porque o cineasta não recebeu o mesmo carinho de Manoel Rangel, presidente da Ancine e do ministro da Cultura, Juca Ferreira que preferiram passar ao largo do tema. Ferreira, aliás, chamou atenção pelo discreto brinco dourado na orelha direita. Deve ser o primeiro ministro do Brasil que usa brinco.
O filme é muito bom. Excelente. William Dafoe dá um show, se não ganhar todos os prêmios de melhor ator é marmelada ou falta de bom gosto.
Os brasileiros são coadjuvantes. Maitê Proença faz uma ponta, mas basta para se ver que é uma grande atriz, mal aproveitada nos últimos tempos. Selton Mello faz Selton Mello, como sempre, e cada vez melhor. Gianechini aparece não mais de um minuto ou dois.
Tão importante quanto o filme foi o discurso do prefeito. Ele ganhou a noite. E o Brasil a esperança de não perder um cineasta que faz bem à imagem do país em todo o mundo.
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