Ainda não se sabe o que exatamente motivou o FBI a prender o vice-presidente da CBF, José Maria Marin, e outros seis dirigentes da Fifa na quarta-feira (27) de manhã, em Zurique, enquanto dormiam, mas não é difícil imaginar, já que o fato se deu um ano depois da Copa do Mundo no Brasil, quando Marin era presidente da CBF e o FBI relacionou as prisões ao pagamento de direitos por torneios na América Latina. O que sabemos até agora é que os dirigentes presos – incluindo dois vice-presidentes da Fifa – e outros 14 ainda soltos são acusados de corrupção generalizada e lavagem de dinheiro que soma 150 milhões de dólares. A surpresa não é a prisão de Marin; a surpresa é ele ser preso somente agora, aos 83 anos, depois de uma longa carreira na política, cujo ponto alto foram seus dez meses como governador de São Paulo, durante a ditadura militar, entre maio de 1982 e março de 1983 em substituição a Paulo Maluf, de quem era o vice. Depois disso ele submergiu, mas ficou conhecido por se tornar proprietário de um dos imóveis mais caros de São Paulo, um tríplex na Alameda Joaquim Eugênio de Lima, nos Jardins. Apesar das suspeitas, nunca foi incomodado pela Justiça brasileira.
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