O ranking da corrupção no setor público de 175 países em 2014 divulgado pela Transparência Internacional dá o que pensar. As notas foram atribuídas de 0 a 100 – zero para corrupção total e cem para corrupção zero. Nenhum país recebeu nota 100. O menos corrupto – a Dinamarca – teve 92. Os mais corruptos, a Coreia do Norte e a Somalia, nota 8. Os cinco países menos corruptos – Dinamarca, Nova Zelândia, Finlândia, Suécia e Noruega – são os que têm melhores índices de qualidade de vida. Os cinco mais corruptos – Coreia do Norte, Somália, Sudão, Afeganistão e Sudão do Sul – têm os piores índices de qualidade de vida. Dois terços dos 175 países receberam nota abaixo de 50, dentre os quais o Brasil, com 43, em 69º. lugar. Punições severas não garantem corrupção menor, o efeito é o oposto: países que têm pena de morte para corruptos são muito corruptos – a China tirou nota 36, em 100º lugar e a Coreia do Norte ficou em último.
A Rússia é um país poderoso, mas muito corrupto: tirou nota 27, em 136º lugar. Os Estados Unidos, que disputam o poder com ela tirou 74, em 17º lugar. A Argentina está bem pior que o Brasil: tirou 34, em 107º lugar. O estudo traz ainda a seguinte análise: “Escolas deficientes, medicina precária e eleições decididas por dinheiro são apenas algumas consequências da corrupção no setor público. Suborno e negócios por baixo do pano não tiram apenas recursos dos mais vulneráveis, eles minam a Justiça e o desenvolvimento econômico e destroem a confiança no governo e nos políticos.” Está na hora de os políticos brasileiros prestarem atenção nisso, ao invés de justificarem a corrupção atual acusando governos do passado de terem feito o mesmo. Até que ponto a corrupção está atrapalhando o crescimento do Brasil – é uma questão suprapartidária que precisa ser discutida a fundo por todos aqueles que se preocupam com o futuro do nosso País.
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