No jargão jornalístico, lide são aquelas cinco primeiras linhas bombásticas da matéria que anunciam importantes revelações mais adiante. A presidente Dilma abriu, agora há pouco, a 68ª reunião anual da ONU com um discurso que não dá lide. Ela perdeu uma ótima oportunidade para mostrar que o Brasil é um dos líderes do mundo emergente e merece um assento no Conselho de Segurança. Não foi discurso de estadista. Ela insistiu na expressão “meu governo”, que soa um tanto personalista para uma república democrática. Reclamou da espionagem de Obama, pediu providências da ONU para vigiar a internet, falou bem do seu governo, o que pouco interessa à comunidade mundial e pediu paz na Síria, o que é o óbvio ululante. A presidência da República já teve redatores e oradores mais inspirados.
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