Qualquer revista, qualquer jornal, de que tamanho for, de que país for, comunista ou capitalista, africano ou europeu, tem um editor. Esse cara lê as matérias antes de serem publicadas, verifica todas as dúvidas, manda o repórter checar a informação, pede para ouvir outras fontes, se empenha para que a informação chegue ao leitor em toda a sua verdade. Pois é isso que buscam os jornalistas: a verdade, nada mais que a verdade. Repórter fica, de vez em quando, puto com o editor: ele cortou minha matéria, ele tirou a frase tal que era importante… mas quantas vezes ele cortou informações erradas, equivocadas, mal apuradas, incompletas, furadas? E assim protegeu o leitor de engolir gato por lebre? O editor é um filtro necessário. Por tudo isso soa muito estranho o maior jornal do mundo de todos os tempos, chamado Google, não ter editor. Qualquer pessoa publica qualquer coisa passando para o leitor a ideia de que é trabalho de profissional. Pode ser e pode não ser. Quem sabe? Os nomes que assinam as matérias são reais? Protegidas pelo anonimato e pela ausência do editor, barbaridades jornalísticas circulam durante anos na rede confundindo os leitores e destruindo reputações. Essa confusão de informações propiciada pelo Google talvez seja mais grave do que bisbilhotarem nossos e-mails.
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