Nunca houveram tantas reviravoltas nas pré-campanhas de São Paulo desde a redemocratização, todas no apagar das luzes, como diziam os antigos narradores de futebol.
Maluf, que já tinha fechado apoio a Padilha do PT, trocou-o pelo Skaf do PMDB. Kassab, que era só um aspirante a ministro num futuro segundo governo Dilma entrou na chapa majoritária de Skaf disputando o Senado. Serra, que ainda ontem confirmava que não queria concorrer ao Senado, numa conversa com José Aníbal, que era o quase candidato, nessa mesma noite foi confirmado pelo PSDB, empurrando Aníbal para primeiro suplente.
Emerge como o maior perdedor dessas viradas, talvez inspiradas nos sensacionais jogos da Copa do Mundo o enigmático governador Alckmin, cujas expressões nunca revelam seus sentimentos mais primitivos. Sozinho, terá de enfrentar Maluf, Kassab e Skaf – o trio Kibe & Esfirra – e o marqueteiro Duda Mendonça, que já fez milagres tais como eleger Maluf ficha sujíssima, Pitta ilustre desconhecido e Lula barbudo e ranzinza. Todos eles Duda transformou em anjos e elegeu.
Skaf tem se revelado um hábil articulador político. Jogou pesado para atrair Skaf e Maluf e tentou atrair até o PCdoB, que ficou balançado, mas fechou com o PT que lhe deu o posto de vice de Padilha. Nas atuais condições de clima e temperatura, com Padilha aliado a apenas dois partidos – PCdoB e PR – e na rabeira das pesquisas, Skaf, que tem 20% e a campanha ainda não começou pode-se dizer que já está no segundo turno, ao lado de Alckmin, que tem a maior coligação. E, como dificilmente algum petista vai votar em tucano, a eleição de Skaf ao governo está praticamente no papo. O que vai garantir a Duda mais alguns anos de champagne, caviar e Las Vegas. Perdeu, Alckmin!
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