O Brasil em análise

A data de nascimento oficial do Brasil é 7 de setembro de 1822, às 16h8, e será a partir dela que vou analisar um evento de crucial importância na história do País: o golpe de 1º de abril de 1964, que  completou 50 anos.

O episódio foi produto da crise de desestabilização política que os Estados Unidos, aliados a forças locais, promoveu e foi arquitetado como se fosse um levante civil e militar espontâneo e de resistência na defesa das liberdades ameaçadas, contra um governo simpatizante do comunismo. Nada foi poupado pela repressão: intervenção nos sindicatos, arrocho salarial, perseguição a militantes de esquerda, universidades e professores universitários, jornalistas, entidades culturais, movimentos populares, entidades jurídicas, o próprio Parlamento e o Judiciário. Nesse período, houve um brutal retrocesso nas condições políticas e sociais do País, assim como nas condições de luta popular.

A conjunção de Plutão, o transformador, e Urano, o planeta da ruptura, com o Sol do País resultou em mudanças inesperadas e desagradáveis, por meio da força e violência. A conjunção de Marte, o deus da guerra, em trânsito com o Plutão radical do mapa do Brasil funcionou como uma ignição, a centelha que iniciou a explosão com violência e radicalismo. O quadrado de Urano em trânsito com a Lua radical, a população brasileira, mostrava um período de agitação e inquietação, com a ocorrência de mudanças desagradáveis no cotidiano. Urano transitando em quadratura com Júpiter natal levava ao rompimento de leis e regras.

O Ato Institucional nº 5, o AI-5, baixado em 13 de dezembro de 1968, durante o governo do general Costa e Silva, foi o instrumento que deu ao regime poderes absolutos e cuja primeira consequência foi o fechamento do Congresso Nacional por quase um ano. Produziu um elenco de ações arbitrárias e definiu o momento mais duro do regime, dando poder de exceção aos governantes para punir os que fossem inimigos do regime ou como tal considerados.

Naquele momento, havia uma série de aspectos tensos: a oposição de Urano em trânsito ao Plutão natal do País (regente do governo) mostrava tendência a ações destrutivas; Júpiter transitando em oposição a Plutão natal tornava o momento excessivamente radical e com atitudes drásticas; Plutão transitando em conjunção com Mercúrio natal (intelecto e expressão de um povo) indicava o recrudescimento da censura prévia, que se estendia à imprensa, música, teatro e cinema; Urano e Júpiter transitando em quadratura com Urano natal mostravam tensões e autoritarismo do momento.  E, finalmente, a Lua progredida em conjunção com Marte natal, e em conjunção com Urano natal, inclinava o País à agressividade, ao conflito e à tendência a atos ilegais.

No momento atual, Saturno está transitando em conjunção com o meio do céu natal (que simboliza a figura do presidente da República) com cobranças e avaliações da sociedade sobre o governo. Já Plutão e Júpiter aspectando o Sol natal indicam um País mais maduro e disposto a mudar para melhor. Plutão e Júpiter transitando e aspectando Saturno radical prometem reviravoltas benéficas, senso estratégico e solidez, ingredientes necessários para enfrentar a quadratura de Saturno com Vênus radical, que aponta para problemas no bolso dos brasileiros.

 


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