Na sexta-feira, 9 de outubro, às 7h31 – horário de Washington DC – os Estados Unidos bombardearam a Lua. Em seguida, mandaram bala novamente, como garantia. Para comemorar esse evento portentoso, a Fundação Nobel, na Suécia, três horas depois anunciou a premiação do Nobel da Paz, ao comandante-chefe americano Barack Obama. O presidente americano junta-se agora a uma lista de pacifistas reconhecidos, como Henry Kissinger, Yasser Arafat e Menachem Begin. Nenhum dos agraciados do passado, porém, havia sido capaz de estender suas ações para além da estratosfera. Os analistas políticos acreditam que se abrem, desse modo, novos desafios para candidatos futuros ao galardão. “A corrida espacial toma novos rumos e entra numa fase de conquistas de troféus”, disse a este correspondente, o espítiro de Mahatma Gandhi, numa sessão espírita no bairro nova-iorquino de Astoria, Queens.
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Concorda com essa análise do ectoplasma indiano, o livre-pensador republicano americano Newt Gingrich. Reconhecido como autêntico “nerd” e fã de ficção científica (possui autógrafos de toda a tripulação da nave Enterprise, do seriado Jornada nas Estrelas), Newt diz ter concebido planos de novos bombardeios siderais. “O Partido Republicano precisa modernizar-se e contra-atacar o canonizamento de Barack Obama. Minha proposta é a de usarmos a iniciativa privada – empresários e milionários contribuintes de campanhas republicanas – para financiar o bombardeio de Saturno e Marte. A Academia de Ciências de Estocolmo ficará totalmente desmoralizada se não nos conceder o Nobel da Paz, e até da Física, depois deste feito”, disse o excêntrico.

As reações no Partido Republicano, porém, não são unânimes. O ex-vice-presidente Dick Cheney, por exemplo, ficou furioso, tanto com o bombardeio da Lua, quanto com a premiação de Obama. “Esta gente é estúpida e antiamericana. Dão prêmio para quem lança bombas na Lua para encontrar água. Na nossa administração, bombardeamos o Iraque um sem-número de vezes, por causa do petróleo. Essa sim foi uma missão que trouxe bons resultados. No entanto, ninguém nos deu sequer um brinde sueco por nossos esforços”, reclamou o político senil.

Em Israel, o primeiro-ministro Bibi Netanyahu declarou que também usará bombas para conquistar a paz. “Já estamos nos últimos estágios para o bombardeio do Irã. Se bobear, usaremos até artefatos nucleares. Espero que a Academia de Estocolmo lembre-se de mim depois disso”, disse o maluco. Em contrapartida, o grupo extremista Al-Qaeda lançou comunicado prometendo bombardear astros de Hollywood, principalmente Dustin Hoffman e Alan Arkin, que são judeus.

“Acho que o futuro de bombardeios e prêmios da paz, está nos BRICs”, diz Samuel Rosenthal, da empresa Goldman Sachs. “China e Rússia têm programas espaciais avançados e, acredito, estão bem perto de conseguir mandar bala em Plutão. A Índia também é capaz de lançar foguetórios. Não me surpreenderia caso eles anunciassem que pulverizaram Vênus. Já os brasileiros, devem optar por outras freguesias. A compra de submarino nuclear francês, para mim, é um claro sinal de que o presidente Lula da Silva está prestes a bombardear o pré-sal. Arrisco dizer que o Brasil tem ambições elevadas e pode até ir mais fundo, detonando o pré-pré-sal. O presidente Lula é muito popular e levaria facilmente o Nobel da Paz, caso cumprisse esta missão ousada”, diz Rosenthal.

Na mesma sessão espírita onde baixara Gandhi, desceu também o espírito do alemão Wernher Von Braun, um dos mais importantes criadores de foguetes. Sua passagem foi tumultuada, chegando a atirar o médium no chão e fazê-lo se debater em convulsão. Um cambono (auxiliar na sessão) pediu: “Não machuque seu aparelho!”. Ao que o finado cientista respondeu com sotaque carregado: “Que aparrrrelho? O único aparrrelho que estou vendo é a rrrrelógio do penteaderrrrra!”. Em seguida explicou sua bronca. “Eu prrraticamente inventei o foguete! Mas prrrra mim, ninguém deu prrrrêmio. Só porque bombardeei Londres, ao invés do Lua”, disse. Foi acalmado com a oferta de uma garrafa de marafo, dois charutos, uma galinha preta e muita pólvora. No final, prometeu ajudar todos os “filhos” que desejam bombardear qualquer coisa.


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