É oficial: Barack Obama vai transformar a Casa Branca na casa da sogra. O presidente eleito americano convidou Marian Robinson, a mãe de sua esposa, para morar com ele. Pronto! Já começou fazendo bobagem. Agora só falta chamar um cunhado bebum para ser o motorista oficial.
O serviço secreto deu nomes em código para cada membro da primeira-família. O fato de que a imprensa prontamente publicou as palavras-chaves demonstra a inutilidade do batismo. Mas deixa para lá…O nome dissimulado do presidente é “Renegade” (Renegado), o da primeira-dama Michelle é “Renaissance” (Renascença), o da filha Mália é “Radiance” (Brilho) e o da caçulinha Sasha, “Rosebud” (Botão de Rosa). Seguindo a linha de preferência por palavras começadas em “R”, aposto que a sogra agora virou “Rabid” (Raivosa). Obama, claro, achou apropriado o apelido, mas não tem coragem de chamar Marian de “Rabid” na frente dela. Ele mesmo confessou numa entrevista de alto Ibope: “Não digo à minha sogra o que fazer”. Em outras palavras: não manda na velha.
Sogra que segue pré-requisitos tradicionais costuma montar banca na cozinha e fazer fofoca com a criadagem. Imagine só as conversas com a mordomia filipina que domina os afazeres domésticos da casa mais famosa do mundo. “Barack pode ser muito importante agora. Mas sabe quem cuidou das crianças nos dois anos de campanha? Fui eu! E vocês sabem que minhas netinhas são uns anjos, mas dão muito trabalho. Eu que já criei meus filhos, agora crio os netos. É só por isso que ele me chamou para morar aqui. Eu estava muito bem em Chicago”. E por aí vai a língua bipartida da nova senhoria.
O fato de a Casa Branca ter um ‘zilhão’ de criados cuidando dos mais ínfimos detalhes da residência não entrará na cabeça da sogra. Toda segunda-feira ela comandará pessoalmente a faxina. Imagine o National Security Council reunido com o presidente no Salão Oval. De repente, entra dona Marian (“Rabid”) com a cabeça enrolada num lenço e um aspirador de pó na mão: “Vocês não precisam sair daqui. Eu faço a limpeza do mesmo jeito. Não se incomodem comigo. Esta escrivaninha é ótima para limpar. Ela tem uma portinha na frente que dá para passar o aspirador num instante. Só pode ter sido uma mulher que inventou isso. É muito prático”. E vai explicar que foi o presidente Franklin D. Roosevelt quem mandou instalar a portinha. “Não me venham com essa história: para mim foi a mulher dele quem pensou nisso. Por trás de um grande homem, há sempre uma grande mulher.”
O jeito é deixar o controle do Salão Oval nas mãos da sogra. Nas segundas- feiras, o Conselho Nacional de Segurança se reunirá no tal lugar secreto para onde ia Dick Cheney. “Tivemos de aplicar a técnica de afogamento simulado no velho Dick para ele revelar o local. Demorou para arrancar a informação dele. Só depois da quarta parada cardíaca o diabo abriu o bico”, dirá o chefe do staff, Rahm Emanuel.
E não me venham dizer que “Rabid” é boazinha, que é velhinha simpática. Sogra é sogra! A minha, por exemplo, está em processo de canonização no Vaticano. Só não virou santa ainda porque descobriram que ela é judia. A velha me dá presentes: há 25 anos não compro um par de meias. Quando a filha morava no Brasil, dona Anita nos visitava e trazia biritas. Duas garrafas de Wild Turkey (101). Vinham a calhar: mantinham-me vivo nos 15 dias de hospedagem. Quando ela finalmente ia embora, os litros estavam secos. Mas mesmo levando-se em conta essas gentilezas, ninguém me verá convidando a nobre senhora para morar lá em casa. Já me basta a filha dela. Obama, o reconciliador, que crie cobras no peito. Espere só a Hillary fazer amizade com a “Rabid”. Já em 2012 Barack entregará a chave da casa. Voltará para Chicago só com a “Renaissance”, a “Radiance” e a “Rosebud”. “Rabid” ficará em Washington, no cargo de ministra da Guerra.
Deixe um comentário