Wojciech Jaruzelski, o líder da retirada
Em 13 de dezembro de 1981, acossado por greves e manifestações de protesto, o general Wojcieh Jaruzelski, primeiro-ministro da Polônia, decretou estado de guerra, suspendendo as garantias legais. Milhares de opositores foram presos e o sindicato independente Solidariedade banido. Era uma tentativa desesperada de evitar uma invasão soviética, como ocorrera em Budapeste em 1956 e em Praga em 1968, e salvar o regime comunista. Anos depois, com os ventos reformistas soprando no Kremlin de Mikhail Gorbachev, o próprio Jaruzelski liderou negociações com o Solidariedade para a transição à democracia.
Nicolae Ceaucescu, o tirano contumaz
Em 25 de dezembro de 1989, o ditador stalinista da Romênia e sua mulher Elena foram fuzilados depois de condenados por um tribunal militar em um julgamento sumário. Ceaucescu, que governava a Romênia com mão de ferro desde 1965, enfrentou as grandes manifestações populares de dezembro mandando o Exército e a Securitate (polícia política) reprimir os protestos. Só que o Exército se uniu ao povo e passou a enfrentar a Securitate. O conflito matou milhares de pessoas, mas antigos líderes comunistas se mantiveram no poder depois da queda de Ceaucescu.
Mikhail Gorbachev, o reformista fracassado
Em 25 de dezembro de 1991, Mikhail Gorbachev renunciou à presidência da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Era o fim de mais de 70 anos de regime comunista, nascido com a Revolução Bolchevique de 1917, e da URSS, uma federação de 15 repúblicas criada em 1922. O fim da URSS marcou o fracasso da tentativa de Gorbachev de reformar e democratizar o comunismo com suas políticas da perestroika (reestruturação) e glasnost (abertura). Bóris Yeltsin, presidente da Rússia, comandaria o desmantelamento do regime, abrindo as portas para a formação de um capitalismo selvagem dominado por máfias.
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