O dia 13 de dezembro, escolhido para as próximas manifestações de rua contra o governo Dilma Rousseff, é uma marca traumática na história recente do País. Na sexta-feira 13 de dezembro de 1968, a cúpula do regime militar se reuniu no Palácio das Laranjeiras, no Rio, e editou o AI-5, como ficou conhecido o Ato Constitucional que deu poderes excepcionais ao presidente e acabou com as garantias constitucionais.
“Às favas, senhor presidente, neste momento, todos os escrúpulos de consciência”, disse na reunião o ministro do Trabalho, coronel Jarbas Passarinho, para o presidente, o general Artur da Costa Silva. Era o golpe dentro do golpe. No mesmo dia, o Congresso Nacional foi fechado. O curioso é que o preâmbulo do documento dizia que o AI-5 era uma necessidade para atingir os objetivos da “revolução”, “com vistas a encontrar os meios indispensáveis para a obra de reconstrução econômica, financeira e moral do país”.
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