Mudamos o nome deste blog para Mulherio. Trata-se, obviamente, de uma homenagem ao jornal que circulou na década de 1980 e fez a cabeça de muita menina da época – a minha inclusive. Estavam lá pessoas que a gente respeitava (Eva Blay, Ruth Cardoso, Maria Rita Kehl, entre outras). Minha pretensão aqui não é essa, claro, não seria capaz. É, portanto, uma deferência carinhosa. Aliás, a quem interessar, a coleção do Mulherio está digitalizada e pode ser consultada online.
Alguém pode se lembrar do Nós Mulheres, que circulou em São Paulo uma década antes, nos anos 1970. Foi publicação importante, que retratava a luta pela anistia, pelas creches e pelas liberdades democráticas – símbolos da oposição contra a ditadura militar. Falava também de violência doméstica, direitos reprodutivos, aborto. Mas eu era pequena nos anos 70.
Procurei na internet alguma memória sobre esse jornal e encontrei um artigo muito interessante: Brasil Mulher e Nós Mulheres: origens da imprensa feminista brasileira, de Rosalina de Santa Cruz Leite, pela PUC de São Paulo.
Bateu saudade dos anos 1980 e fiquei aqui pensando sobre o feminismo. Dei uma busca rápida na web e descobri que andam falando sobre o “feminismo da nova era”. Ainda não entendi bem o que significa. Não entendi nada, na verdade. Alguém, por favor, pode me explicar?
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