O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – aquele que baliza o regime de metas de inflação – saltou 1,24% em janeiro, alta de 0,46 ponto percentual ante dezembro (0,78%). Péssima notícia: é a taxa mais elevada desde fevereiro de 2003 (1,57%). No acumulado de 12 meses, o IPCA ficou em 7,14%. Vale lembrar que o centro da meta é de 4,5%, podendo atingir até 6,5% com o intervalo de tolerância.
A notícia é muito ruim, tendo em vista que novos aumentos de energia, gasolina e, bem provavelmente água, estão nos escaninhos do Ministério da Fazenda. Fora que há um efeito desorganizador nos agentes econômicos, que tendem a realizar reajustes preventivos, com temor de terem prejuízos, independentemente de sua atividade.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os aumentos nos gastos com Alimentação e Bebidas (1,48%), Habitação (2,42%) e Transportes (1,83%) foram responsáveis por 85% do índice do mês (ou 1,06 ponto percentual).
No item Alimentação, destacaram-se os aumentos da batata-inglesa (38,09%), o feijão-carioca (17,95%) e o tomate (12,35%). Em Habitação (2,42%), grupo de maior resultado, o destaque ficou com a energia elétrica, cuja alta de 8,27% gerou impacto de 0,24 pp,, o mais elevado no mês.
No grupo Transportes (1,83%), destaca-se a elevação nos gastos com transporte público: ônibus urbano(8,02%), ônibus intermunicipal (6,59%), ônibus interestadual (1,21%), metrô (9,23%), táxi (2,63%) e trem(8,95%).
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do País, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.
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